quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sentido que conforta e entristece

Numa conversa com um amigo, a felicidade do Tom fez sentido por um momento. Acho que até agora está fazendo. E espero que continue assim porque estou confortável.
Ele me disse que vivemos das expectativas. Que nossa felicidade não depende do nosso consumo, ou das nossas conquistas.

Eu estava feliz naquele momento, exatamente porque eu vizualiva uma oportunidade, que ainda não aconteceu, mas agora eu já nem estou mais feliz porque a oportunidade está fraca.

De qualquer forma, eu percebi que realmente, quando eu fico feliz, é por ver ter a expectativa de que algo vai acontecer, por sentir a expectativa de que vou consumir algo, sentir que vou encontrar alguém, que vou fazer alguma coisa, vou assistir algo, vou participar de alguma coisa, vou aprender, ou fazer parte. E conforme o acontecimento vai se aproximando, o êxtase vai aumentando, e o ápice da felicidade, é o concreto realizado. Mas então ai entra a decadência, e a tristeza, o nosso estado natural, vi voltando ao lugar. Porque o feliz não pode ser uma constante simplesmente porque senão não existiria a felicidade, ela não seria a felicidade e sim seria a própria vida.

Dessa forma, os nossos nove meses de gestação foram os nove meses mais felizes de toda a nossa vida, quando tinhamos no horizonte toda a vida que estava por acontecer. E agora que ela acontece, estamos a esperar por seu fim, que sabemos que estamos condenados, e por isso nossa tristeza não tem fim, e as perspectivas sim.

Faz sentido?

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