segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Luva maior que mão

É tão díficil saber o nosso tamanho. Tanto ainda o tamanho das nossas necessidades. O que me conforta é que tampouco sei quais necessidades preciso.
Mas quando a força vem de fora, um raio-x, ou um doutor, ou mesmo de uma mãe, a palavra toma tal dimensão em que a culpa não cabe em mim, e não consigo deixar de seguir instruções.
E é tão bom se sentir querida e cuidada. Só complica quando perde-se na medida.
Estou com gesso no pé, privada de andar, e também privada da dor. Me sinto com um cuidado extremo, um cristal frágil, mas puro. Mas a pureza e fragilidade nesse caso não se completam, e ficam incompatíveis.

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